Brasil na corrida por minerais críticos: Governo prepara plano estratégico para atrair investimentos e fortalecer a indústria nacional antes da COP-30
Brasil se posiciona como player estratégico em minerais críticos, visando atrair investimentos e impulsionar a indústria nacional
Em um cenário global marcado pela crescente demanda por minerais críticos – essenciais para tecnologias como baterias de veículos elétricos, energia renovável e eletrônicos – o governo brasileiro está se preparando para lançar uma política nacional ambiciosa. A iniciativa, em discussão no âmbito do governo Lula, busca atrair investimentos estrangeiros e fortalecer a indústria nacional, com um olhar atento para o interesse estratégico dos Estados Unidos.
A medida surge em um momento crucial, com a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30) se aproximando em 2025, no Brasil. A política nacional de minerais críticos visa alinhar o país com as tendências globais de transição energética e garantir o fornecimento seguro e sustentável desses recursos, que se tornaram pilares da economia moderna.
O que são minerais críticos e por que o Brasil está interessado?
Minerais críticos são elementos como lítio, grafite, cobalto, níquel, terras raras e outros, que possuem importância estratégica para diversas indústrias e são considerados vulneráveis em termos de oferta. O Brasil possui reservas significativas de alguns desses minerais, como o lítio e o grafite, e o governo busca explorar esse potencial de forma responsável e sustentável.
Objetivos da política nacional
- Atração de Investimentos: Criar um ambiente favorável para atrair investimentos estrangeiros para a exploração e processamento de minerais críticos.
- Fortalecimento da Indústria Nacional: Desenvolver a capacidade nacional de processamento e refino desses minerais, gerando empregos e renda.
- Sustentabilidade: Garantir que a exploração e o processamento de minerais críticos sejam realizados de forma ambientalmente responsável e socialmente justa.
- Segurança do Fornecimento: Reduzir a dependência do Brasil em relação a fornecedores estrangeiros de minerais críticos.
- Alinhamento com os EUA: Considerar o interesse estratégico dos Estados Unidos, que busca diversificar suas fontes de minerais críticos e reduzir a dependência da China.
Desafios e oportunidades
A implementação da política nacional de minerais críticos enfrenta desafios como a necessidade de aprimorar a legislação ambiental, garantir a participação das comunidades locais e promover a transparência na gestão dos recursos minerais. No entanto, também oferece oportunidades significativas para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, posicionando o país como um player estratégico no mercado global de minerais críticos.
A expectativa é que o plano seja detalhado nas próximas semanas, com a participação de diversos ministérios, incluindo o Ministério de Minas e Energia, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e o Ministério das Relações Exteriores. A articulação com o setor privado e a sociedade civil também será fundamental para o sucesso da iniciativa.
Com a COP-30 no horizonte, o Brasil tem a oportunidade de mostrar ao mundo seu compromisso com a transição energética e o desenvolvimento sustentável, consolidando sua posição como um líder global em minerais críticos.