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Onda de Calor Revela Problemas Crônicos em Centros de Saúde de Coimbra: Pacientes e Funcionários Sofrem com Condições Precárias

Público

A onda de calor que assola Portugal expôs uma realidade preocupante: a falta de condições adequadas em diversos centros de saúde, especialmente em Coimbra. Relatos de temperaturas acima de 30 graus Celsius dentro dos consultórios, vacinas comprometidas e um quadro geral de infraestrutura deficiente no Centro de Saúde de Norton de Matos ganharam destaque, gerando questionamentos sobre a qualidade do atendimento e a segurança dos pacientes e profissionais de saúde.

A situação chegou ao ponto em que as vacinas, essenciais para a prevenção de diversas doenças, correm o risco de se deteriorarem devido ao calor excessivo. Funcionários relatam dificuldades para desempenhar suas funções em ambientes tão quentes, enquanto pacientes, muitos deles idosos ou com condições de saúde preexistentes, sofrem com o desconforto e a possível piora de seus sintomas.

A Câmara Municipal de Coimbra agiu rapidamente para mitigar o problema, instalando ventoinhas em algumas áreas do centro de saúde. No entanto, especialistas e moradores apontam que essa medida é apenas paliativa e não resolve a raiz do problema: a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura e modernização dos centros de saúde.

“A instalação de ventoinhas é uma solução temporária, mas não garante um ambiente de trabalho e atendimento adequado. Precisamos de sistemas de ar condicionado eficientes, isolamento térmico e uma revisão completa da estrutura dos edifícios”, afirma Ana Silva, enfermeira do Centro de Saúde de Norton de Matos.

A falta de condições nos centros de saúde não é um problema exclusivo de Coimbra. Em outras regiões do país, relatos semelhantes vêm ganhando espaço, evidenciando a necessidade de um plano nacional para modernização e adequação das instalações de saúde. A pandemia de COVID-19 já impôs desafios significativos ao sistema de saúde, e a crise climática, com ondas de calor cada vez mais frequentes e intensas, agrava ainda mais a situação.

Diante desse cenário, a população cobra das autoridades competentes medidas urgentes e eficazes para garantir um atendimento de qualidade e em condições dignas para todos. A saúde da população não pode ser comprometida pela falta de investimento e planejamento.

Impactos e Consequências:

• Comprometimento da qualidade do atendimento médico.
• Risco de deterioração de vacinas e medicamentos.
• Desconforto e riscos à saúde de pacientes e funcionários.
• Desmotivação e sobrecarga de trabalho para os profissionais de saúde.

A situação em Coimbra serve como um alerta para a necessidade de uma reflexão profunda sobre a importância de investir em infraestrutura de saúde e garantir a adaptação dos centros de saúde às mudanças climáticas.