A Alemanha e a União Europeia Instam Israel a Abandonar Plano de Expansão de Colonatos na Cisjordânia

2025-08-15
A Alemanha e a União Europeia Instam Israel a Abandonar Plano de Expansão de Colonatos na Cisjordânia
Dnoticias.pt

Berlim e Bruxelas manifestaram profunda preocupação e instaram Israel a abandonar um controverso plano de expansão de colonatos na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental. A apelo, feito pelos chefes da diplomacia da Alemanha e da União Europeia, surge num momento de crescente tensão na região e levanta sérias questões sobre o futuro das negociações de paz entre israelitas e palestinianos.

O plano, que visa a construção de novas unidades de habitação em áreas já ocupadas, foi condenado pela comunidade internacional como uma violação do direito internacional e um obstáculo à criação de um Estado palestiniano viável. A Alemanha, um dos principais parceiros de Israel, juntou-se à União Europeia na sua crítica, sublinhando a importância de respeitar as leis internacionais e de evitar ações que possam comprometer a estabilidade regional.

“Estamos profundamente preocupados com o plano de expansão de colonatos. Acreditamos que estas ações são ilegais sob o direito internacional e prejudicam as perspetivas de uma solução de dois Estados”, afirmou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão. “Instamos o governo israelita a reconsiderar este plano e a comprometer-se com um processo de paz justo e duradouro.”

A União Europeia reiterou a sua posição de longa data contra a expansão de colonatos, afirmando que estas são um obstáculo ao processo de paz. O Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, expressou a sua preocupação em relação ao impacto do plano nas perspetivas de uma solução negociada. “A União Europeia continua empenhada em apoiar uma solução de dois Estados, baseada nas fronteiras de 1967, com Jerusalém como capital partilhada”, afirmou Borrell.

A Cisjordânia, juntamente com Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza, foi ocupada por Israel em 1967. A comunidade internacional considera os colonatos israelitas construídos nestas áreas como ilegais, embora Israel conteste esta afirmação. A construção de colonatos tem sido uma fonte constante de tensão entre israelitas e palestinianos, e tem sido criticada pela comunidade internacional como uma violação do direito internacional e um obstáculo à paz.

O apelo da Alemanha e da União Europeia surge num momento crítico, com as negociações de paz entre israelitas e palestinianos estagnadas há anos. A expansão contínua de colonatos e a falta de progressos no processo de paz têm alimentado o desespero e a frustração entre os palestinianos, aumentando o risco de violência e instabilidade. A comunidade internacional tem reiterado a importância de um processo de paz justo e duradouro, baseado no direito internacional e que garanta a segurança e a dignidade de ambos os povos.

O futuro da Cisjordânia e das perspetivas de paz entre israelitas e palestinianos permanecem incertos. No entanto, o apelo da Alemanha e da União Europeia demonstra a importância da pressão internacional para garantir que Israel respeite o direito internacional e se comprometa com um processo de paz.

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