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O Chega, liderado por André Ventura, reagiu à proposta do Governo para a reforma do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS), expressando um otimismo cauteloso. Embora tenha saudado a decisão de discutir o IRS e o IRC fora do Orçamento do Estado, o partido alertou que a análise da proposta governamental será rigorosa e exigirá ajustes para garantir um impacto real nas finanças dos cidadãos.

A proposta do Governo, que visa simplificar o sistema fiscal português, tem gerado debates acalorados. O Chega defende uma abordagem que vá além das alterações superficiais, propondo mexidas significativas nos escalões de rendimento e um aumento nas deduções fiscais para famílias e trabalhadores.

Pontos Chave da Proposta do Chega

• Revisão dos Escalões de Rendimento: O Chega propõe uma revisão completa dos escalões de rendimento, com o objetivo de reduzir a pressão fiscal sobre os contribuintes de baixos e médios rendimentos. A proposta visa alinhar os escalões com a realidade salarial atual, evitando que milhares de trabalhadores paguem impostos excessivos.
• Aumento das Deduções Fiscais: O partido defende um aumento significativo das deduções fiscais para despesas como habitação, educação, saúde e apoio a familiares dependentes. Essas deduções permitiriam que os contribuintes abatessem do seu imposto sobre o rendimento despesas essenciais, aliviando o peso da carga fiscal.
• Simplificação do Sistema: O Chega reconhece a importância de simplificar o sistema fiscal, mas alerta para a necessidade de evitar medidas que beneficiem apenas grandes empresas e grupos de interesse. A proposta do partido prioriza a simplificação para os contribuintes individuais, facilitando a declaração de IRS e reduzindo a burocracia.

Reações e Perspectivas

André Ventura enfatizou que a discussão da proposta do Governo 'não será linear', indicando que o Chega apresentará emendas e contrapropostas para garantir que a reforma do IRS seja justa e eficaz. O partido defende que a reforma deve ser encarada como uma oportunidade para aliviar a carga fiscal sobre os cidadãos, estimular o consumo e promover o crescimento económico.

Apesar das divergências políticas, existe um consenso geral sobre a necessidade de reformar o IRS em Portugal. O sistema atual é considerado complexo, injusto e desincentivador do trabalho e do investimento. A proposta do Governo e as contrapropostas do Chega representam um passo importante para modernizar o sistema fiscal português e torná-lo mais competitivo.

O debate sobre a reforma do IRS continua a ser um tema central na agenda política portuguesa. Acompanharemos de perto as negociações entre o Governo e os partidos da oposição, com o objetivo de informar os nossos leitores sobre as últimas novidades e o impacto das medidas propostas nas suas finanças pessoais.