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Jaguar, o lendário cartunista e um dos fundadores do emblemático semanário 'O Pasquim', faleceu aos 93 anos. A sua morte deixa um vazio irreparável na cultura brasileira, mas o seu legado de humor inteligente, crítica social e inovação na arte da charge permanece vivo. Relembre a sua extraordinária trajetória e o impacto duradouro que teve na imprensa e na sociedade.

Jaguar, cujo nome verdadeiro era Moisés Jacó Maníglia, nasceu em 16 de setembro de 1930, no Rio de Janeiro. Desde cedo, demonstrou talento para o desenho e, já na juventude, começou a publicar charges em jornais e revistas. A sua obra rapidamente chamou a atenção pela sua originalidade, irreverência e coragem em abordar temas polêmicos e criticar o poder.

Em 1968, em plena ditadura militar, Jaguar juntou-se a um grupo de intelectuais e artistas para fundar 'O Pasquim', um semanário que se tornou um símbolo da resistência e da liberdade de expressão. A revista, conhecida pelo seu humor ácido e pelas suas charges contundentes, desafiou a censura e denunciou as arbitrariedades do regime. Jaguar foi uma figura central nesse projeto, com as suas charges a definir o tom e a identidade do 'Pasquim'.

Ao longo de mais de seis décadas de carreira, Jaguar produziu milhares de charges, desenhos e ilustrações que marcaram a história da imprensa brasileira. A sua obra é reconhecida pela sua qualidade artística, pela sua inteligência e pela sua capacidade de provocar reflexão e debate. Jaguar foi um mestre do humor, mas também um crítico social implacável, que não hesitou em denunciar as injustiças e as desigualdades do país.

Jaguar recebeu inúmeros prêmios e homenagens ao longo da sua carreira, incluindo o Prêmio Comício, o Prêmio Syndicated Cartoonists e o Prêmio Cayetano Guimarães Rosa. A sua obra foi exposta em museus e galerias de arte em todo o mundo, e o seu nome tornou-se sinónimo de excelência e inovação na arte da charge.

A morte de Jaguar representa uma perda irreparável para a cultura brasileira. No entanto, o seu legado de humor inteligente, crítica social e inovação na arte da charge permanecerá vivo, inspirando gerações de artistas e intelectuais. As suas charges continuarão a fazer rir e a pensar, a denunciar as injustiças e a defender a liberdade de expressão. Jaguar foi, e sempre será, um gênio da charge brasileira.

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