Crise na USF Parque Cidade em Loures: Médicos e Enfermeiros Pedem Dispensa por Condições Precárias

A Unidade de Saúde Familiar (USF) Parque Cidade, em Loures, enfrenta uma grave crise com a entrega de pedidos de dispensa de responsabilidade por parte de 10 médicos, 9 enfermeiros e 4 assistentes técnicos. A situação alarmante prende-se às condições de trabalho consideradas inaceitáveis no edifício onde a USF está instalada.
Os profissionais de saúde, em comunicado, expressam a sua preocupação com a falta de condições mínimas para o exercício da sua atividade, o que compromete a qualidade do atendimento prestado à comunidade. Entre os problemas apontados, destacam-se a falta de espaço adequado, a manutenção deficiente das instalações e a ausência de equipamentos básicos.
“As condições em que trabalhamos são degradantes e não nos permitem prestar um serviço de qualidade aos nossos utentes. Já tentámos resolver a situação por meios internos, mas sem sucesso”, afirmam os profissionais, que esperam que as autoridades competentes tomem medidas urgentes para resolver o problema.
A situação na USF Parque Cidade não é um caso isolado. Em todo o país, muitos profissionais de saúde queixam-se de condições de trabalho precárias, o que tem levado a um aumento do stress e do burnout, e a uma diminuição da qualidade do atendimento.
O impacto desta crise na população de Loures é significativo. Com a falta de profissionais, o tempo de espera para marcação de consultas aumenta, e a qualidade do atendimento pode ser comprometida. É urgente que as autoridades tomem medidas para resolver a situação e garantir que a população tenha acesso a cuidados de saúde de qualidade.
A Câmara Municipal de Loures já se pronunciou sobre a situação, afirmando que está a trabalhar em conjunto com a Unidade de Saúde Familiar e com as autoridades de saúde para encontrar uma solução para o problema. No entanto, os profissionais de saúde mostram-se céticos quanto à capacidade das autoridades para resolver a situação a tempo.
A situação na USF Parque Cidade é um alerta para a necessidade de investir na saúde pública e de garantir que os profissionais de saúde tenham condições de trabalho dignas e adequadas para o exercício da sua atividade. Caso contrário, a qualidade do atendimento será comprometida, e a população sofrerá as consequências.
A SIC Notícias contactou a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo para obter uma reação, mas não obteve resposta até ao momento da publicação desta notícia.